sábado, 9 de maio de 2009

Tres horas perdidas

Tá. Eu não gosto de filme de guerra. Mas não é porque eu simplesmente não gosto. É porque eles sempre, sempre chegam à mesma conclusão: os soldados são jovens cheios de testosterona, atirando em qualquer coisa que se mexa, que não sabem exatamente o porquê estão ali. Acho que dava para concluir isso de Fahrenheit 9/11 de uma maneira mais direta e crítica.
Mas daí tem todas as metáforas para compor um filme de três horas: a viagem, ó, a viagem que transforma. Esta aí uma idéia tão original que é até slogan de empresa de intercâmbio. A viagem como metáfora está em tudo quanto é filme, de "Casablanca" a "Harry Potter". Ou o horror, o horror que impressiona e que possibilita o reconhecimento da verdadeira felicidade - posso lembrar de algumas comédias românticas que falaram a mesma coisa sobre o amor e o ódio, mas irei citar apenas "Xeque-mate", porque soa melhor. Nele, sir Ben Kingsley diz as seguintes palavras:
"The unlucky are nothing more than a frame of reference for the lucky, Mister Fisher. You are unlucky, so I may know that I am not. Unfortunately the lucky never realize they are lucky until it's too late. Take yourself for instance; yesterday you were better off than you are today but it took today for you to realize it. But today has arrived, and it's too late... You see? People are never happy with what they have. They want what they had. Or what others have."
Fala da mesma coisa, com talvez mais sangue, mais violência e qualidade de trilha sonora similar, em menos de duas horas com uma plotline fantástica. Se você não viu "Xeque-mate" sugiro que o faça.

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