Mostly Martha tem as musiquinhas envolventes, o italianão cheio de charme e uma protagonista bem likable.
O Banquete de Babette tem uns dilemas amorosos, gente falando Hallellujah! e uma trama que não é particularmente uma trama, mas enfim.
E, embora o último tenha cabeças demais, ainda são filminhos bem apetitosos e têm aquela coisa toda de "a comida nos une" e blablabla.
Martha descobriu que nem tudo precisa ser perfeitamente coordenado, Lina ganha uma família razoavelmente funcional, Martina e cia. descobrem que só porque a culinária é francesa ela não é fruto do diabo. yahooo.
Babette prepara os quitutes de um jeito diferente, acho eu. O jeito como ela mexe na massa e coloca os molhos me pareceu mais delicado do que o entusiasmado italiano e a metódica alemã. Me lembrou estranhamente daquele cara que trabalhava com os legumes e vegetais do Amélie Poulain.
Mas acho que a maior diferença entre os dois, comedia romantica à parte, é o tratamento que a comida recebe. Mostly Martha é só comida, não existe qualquer referência sobre outra atividade que gere felicidade. O Banquete de Babette é sobre fazer aquilo que lhe agrada; é sobre Philipa não ter virado nem diva de Paris, nem avó adorada; sobre as rixas de gente que prega o perdão; sobre a desvalorização de coisinhas que fazem a vida ser mais que uma sala de espera para o céu.
É bem pouco sobre comida, se você pensar bem.
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Eu amo essa noites sem vento. Em que eu posso acender um cigarro, abrir a
janeça e ver a fumaça indo embora por ela. Como se ela fosse bem devagar.
Me dize...
Há 10 anos
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